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- Flávio Bolsonaro anunciou em 21.jul.2025 novo pedido de impeachment de Alexandre de Moraes no Senado.
- A medida foi motivada por bloqueios judiciais contra Eduardo e Jair Bolsonaro, segundo o senador.
- O impeachment de Alexandre de Moraes será tratado como prioridade da oposição no segundo semestre.
- Rodrigo Pacheco decidirá se o pedido será analisado; pressão política pode influenciar sua decisão.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) anunciou nesta segunda-feira (21.jul.2025) que irá protocolar um novo pedido de impeachment contra Alexandre de Moraes, ministro do STF. A iniciativa ocorre após medidas judiciais contra aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Segundo Flávio, a decisão foi motivada pelo bloqueio das contas do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e por medidas cautelares impostas a Jair Bolsonaro. O senador acusa Moraes de abusos e de agir de forma autoritária contra opositores.
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Em publicação na rede social X (antigo Twitter), Flávio escreveu que Moraes “continua usando os mesmos métodos que acabaram com a democracia no Brasil”. Ele acusou o ministro de “asfixia financeira” e “ameaça de prisão de familiares”.
“A espinha de peixe na garganta do Brasil precisa ser retirada”, afirmou o senador.
O pedido será apresentado “nas próximas horas” e deve se somar a outras iniciativas da oposição para pressionar o Supremo. Flávio também disse que o impeachment de Moraes será prioridade no Congresso no segundo semestre.
Por que a oposição quer o impeachment de Moraes?
A ofensiva contra Alexandre de Moraes ocorre em meio a investigações que envolvem aliados do ex-presidente Bolsonaro. Recentemente, Moraes determinou bloqueios de contas bancárias e redes sociais, além de medidas restritivas contra o próprio ex-presidente.
Para a oposição, essas decisões extrapolam os limites constitucionais e ferem garantias individuais. Já defensores do ministro alegam que as ações visam proteger a ordem democrática e coibir atos antidemocráticos.
Três pontos de mudança na postura de Flávio
1. Em abril de 2024, Flávio havia se posicionado contra o impeachment de ministros do STF. Na ocasião, defendeu uma “autorregulação do próprio Supremo”.
2. Agora, o senador adota tom mais duro e diz que o Congresso precisa agir para conter abusos.
3. A mudança reflete o agravamento da tensão entre o Judiciário e a base bolsonarista, especialmente após novas decisões contra Jair Bolsonaro.
Como o Congresso deve reagir ao pedido?
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), é quem decide se o pedido de impeachment será analisado. Até o momento, ele tem evitado pautar iniciativas semelhantes.
No entanto, com o avanço das investigações e a pressão da oposição, o tema pode ganhar força no segundo semestre legislativo.
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