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- Lula criticou neste sábado (19) as sanções dos EUA contra o ministro Alexandre de Moraes e seus familiares.
- O governo brasileiro classificou a medida como arbitrária e violadora da soberania nacional.
- A sanção ocorreu após operação da Polícia Federal contra Jair Bolsonaro, envolvendo tornozeleira eletrônica.
- Lula manifesta solidariedade a ministros do STF e reafirma compromisso com a democracia e o Estado de Direito.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou solidariedade aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) após os Estados Unidos imporem sanções ao ministro Alexandre de Moraes e seus familiares. A declaração foi feita neste sábado (19), por meio de nota oficial do Palácio do Planalto.
Segundo o governo, a medida norte-americana é arbitrária, sem base jurídica e representa uma tentativa de interferência em assuntos internos do Brasil.
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Lula critica sanções dos EUA contra Moraes
Em comunicado, Lula afirmou que a decisão dos EUA “fere os princípios básicos do respeito e da soberania entre as nações”. O presidente reforçou que o Brasil não aceitará pressões externas sobre seu sistema de Justiça.
“Minha solidariedade e apoio aos ministros do Supremo Tribunal Federal atingidos por mais uma medida arbitrária e completamente sem fundamento do governo dos Estados Unidos”
A declaração de Lula ocorre um dia após o governo norte-americano revogar o visto diplomático de Moraes e de pessoas próximas a ele. A medida também afeta familiares do ministro.
Contexto político e relação com operação contra Bolsonaro
A sanção foi anunciada poucas horas depois de a Polícia Federal realizar nova operação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. A ação incluiu buscas, apreensões e a imposição de medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica.
Embora o Departamento de Estado dos EUA não tenha detalhado os motivos das sanções, analistas apontam possível conexão com o inquérito que apura tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Repercussão institucional e posicionamento do Planalto
O presidente destacou que o Brasil continuará atuando na defesa da democracia e das instituições. Segundo ele, nenhuma ameaça externa comprometerá o funcionamento dos poderes nacionais.
“Estou certo de que nenhum tipo de intimidação ou ameaça, de quem quer que seja, vai comprometer a mais importante missão dos poderes e instituições nacionais, que é atuar permanentemente na defesa e preservação do Estado Democrático de Direito”
A nota do Planalto reforça que o país seguirá dialogando com todos os parceiros internacionais, mas exigirá respeito à sua soberania jurídica e constitucional.
Leia a nota do Palácio do Planalto na íntegra
Minha solidariedade e apoio aos ministros do Supremo Tribunal Federal atingidos por mais uma medida arbitrária e completamente sem fundamento do governo dos Estados Unidos.
A interferência de um país no sistema de Justiça de outro é inaceitável e fere os princípios básicos do respeito e da soberania entre as nações.
Estou certo de que nenhum tipo de intimidação ou ameaça, de quem quer que seja, vai comprometer a mais importante missão dos poderes e instituições nacionais, que é atuar permanentemente na defesa e preservação do Estado Democrático de Direito.