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- Câmara e Senado defenderam no STF, em 11 de agosto, a suspensão do decreto do IOF por inconstitucionalidade.
- O Congresso alega que o decreto criou nova cobrança sem previsão legal, violando o princípio da legalidade tributária.
- A medida impacta diretamente o setor financeiro e investimentos em estados como o Amazonas.
- Ministro Alexandre de Moraes marcou audiência de conciliação sobre o decreto do IOF para o dia 15.
A Câmara dos Deputados e o Senado defenderam, nesta sexta-feira (11), no Supremo Tribunal Federal (STF), a validade das votações que suspenderam o decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que aumentava as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O tema é debatido em ações do PSOL, PL e Advocacia-Geral da União (AGU).
Validade da votação no Congresso
Para a Câmara e o Senado, os parlamentares agiram conforme a Constituição. Eles argumentam que o decreto presidencial introduziu uma nova hipótese de incidência tributária sem previsão legal. A manifestação das casas legislativas foi protocolada no STF, reforçando a defesa da legalidade do ato do Congresso.
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“Não se trata aqui de simples alteração de alíquota, autorizada pelo art. 153, §1º, da Constituição, mas de introdução de nova hipótese de incidência tributária, sem previsão legal anterior que a ampare, configurando clara afronta ao princípio da legalidade tributária”, sustenta a manifestação.
Decisão do STF e próximo passo
Na semana passada, o ministro Alexandre de Moraes, relator dos processos, decidiu levar o caso para conciliação. Ele suspendeu tanto o decreto de Lula quanto a deliberação do Congresso que derrubou o ato presidencial. A audiência de conciliação está marcada para a próxima terça-feira (15).
AGU defende decreto presidencial
Após a decisão de Moraes, o advogado-geral da União, Jorge Messias, afirmou que a AGU demonstrará ao STF que o decreto presidencial está de acordo com a Constituição. A AGU busca reverter a suspensão do decreto, alegando sua conformidade com as normas constitucionais vigentes.
Impacto nacional e contexto político
A discussão sobre o decreto do IOF reflete um cenário político de tensão entre os poderes Executivo e Legislativo. A decisão do STF poderá ter implicações significativas na política tributária nacional, influenciando futuras medidas governamentais. No Amazonas, como em outros estados, o impacto do IOF é sentido especialmente no setor financeiro e de investimentos.
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