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- Erika Hilton contratou dois assessores em 2024 na Câmara dos Deputados após conhecê-los como maquiadores, alegando competência técnica.
- Ronaldo Hass recebe R$ 9.700 e Indy Montiel, R$ 2.100; ambos atuam em funções políticas e administrativas.
- A deputada Erika Hilton afirmou sofrer perseguição política e defendeu a qualificação dos nomeados.
A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) nomeou dois assessores parlamentares que conheceu inicialmente como maquiadores. Ronaldo Hass e Indy Montiel, que ainda realizam trabalhos de maquiagem para a parlamentar, foram contratados com recursos da Câmara dos Deputados.
As informações foram divulgadas pelo site Metrópoles e confirmadas pela Folha de São Paulo. Os dados constam no sistema de transparência da Câmara.
Contratações registradas oficialmente
Ronaldo Hass foi nomeado em novembro de 2024 como secretário parlamentar. Após dois remanejamentos, ocupa cargo com salário de R$ 9.700. Já Indy Montiel foi nomeada em dezembro e, em maio, recebeu R$ 2.100.
Ambos possuem registros em redes sociais com Erika Hilton, divulgando trabalhos de maquiagem. Contudo, a deputada afirma que os dois atuam em funções políticas e administrativas.
Funções desempenhadas no gabinete
Segundo Erika Hilton, os assessores produzem briefings, relatórios e fazem articulação política em pautas LGBTQIA+. Ela afirma que os conheceu como maquiadores, mas os contratou por outras competências.
“Não contrato maquiador com verba de gabinete”, declarou em rede social. A parlamentar destacou que Hass atua em São Paulo, enquanto Montiel acompanha agendas em Brasília.
Atuação política e visibilidade
Hass e Montiel já acompanhavam Erika Hilton em compromissos oficiais. A assessoria da deputada enviou imagens dos dois em eventos do mandato. Ambos já estavam nomeados durante os registros mais recentes de maquiagem.
Hass publicou em fevereiro imagens de maquiagem para evento da escola de samba Paraíso do Tuiuti. Montiel divulgou trabalho em maio, quando Hilton recebeu a Ordem do Rio Branco.
Repercussão e contexto político
Após a divulgação das nomeações, Erika Hilton foi criticada por adversários políticos. Em resposta, ela afirmou que sofre perseguição por ser uma das primeiras parlamentares trans do Congresso.
“Seguiremos trabalhando com pessoas qualificadas”, disse. A deputada destacou que talentos podem ser identificados em diferentes áreas, inclusive fora da política tradicional.
Relação com o contexto nacional
A nomeação de assessores com histórico fora da política não é inédita no Congresso. No Amazonas, por exemplo, a Câmara Municipal de Manaus já enfrentou questionamentos sobre critérios técnicos em nomeações.
Segundo dados da Controladoria-Geral da União (CGU), a transparência nas nomeações é essencial para garantir a confiança pública na gestão dos recursos.
O caso reforça o debate sobre critérios de contratação no serviço público. Também destaca a importância da fiscalização e da divulgação de informações por canais oficiais.
