O ex-ministro do Turismo, Gilson Machado, foi preso pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (13), no Recife. A ação faz parte de uma operação que apura supostos desvios de recursos públicos. Machado ocupou o cargo entre dezembro de 2020 e março de 2022, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O Partido Liberal (PL), ao qual Machado é filiado, divulgou nota informando que acompanha os desdobramentos do caso. A legenda também afirmou que aguarda mais informações oficiais antes de se posicionar sobre o mérito da prisão.
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Gilson Machado e sua trajetória no governo federal
Antes de assumir o Ministério do Turismo, Gilson Machado foi presidente da Embratur e secretário de Ecoturismo e Cidadania Ambiental no Ministério do Meio Ambiente. Sua gestão buscou ampliar o turismo ecológico e integrar ações com estados da Amazônia Legal.
Durante sua atuação, Machado esteve em agendas no Amazonas e defendeu o fortalecimento do turismo sustentável na região. Segundo dados do Ministério do Turismo, o estado recebeu mais de 400 mil turistas em 2021, mesmo com restrições da pandemia.
Repercussão política e impacto no Amazonas
A prisão repercute entre lideranças políticas da região Norte. No Amazonas, parlamentares da base bolsonarista manifestaram preocupação com o andamento da investigação. Já opositores cobraram transparência e apuração rigorosa.
O estado do Amazonas tem papel estratégico nas políticas ambientais e turísticas. A prisão de um ex-ministro ligado à pauta ambiental e ao turismo pode afetar projetos em curso, como o fortalecimento de rotas fluviais e o ecoturismo indígena.
Contexto nacional e investigações em curso
A operação da PF ocorre em meio a outras investigações envolvendo ex-integrantes do governo Bolsonaro. O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou mandados de busca e apreensão relacionados ao caso.
Segundo a Polícia Federal, os alvos são suspeitos de envolvimento em contratos irregulares. O inquérito tramita sob sigilo, e novas fases da operação não estão descartadas.
Posicionamento do PL e próximos passos
O PL aguarda o desenrolar do processo para definir medidas internas. A sigla tem enfrentado pressões para revisar sua atuação em estados como o Amazonas, onde mantém alianças com lideranças locais.
Enquanto isso, Gilson Machado permanece sob custódia da PF. A defesa do ex-ministro ainda não se pronunciou publicamente.