Jair Bolsonaro envia R$ 2 mi a Eduardo e PF investiga

Transferência levanta suspeitas de lavagem de dinheiro e motiva apuração sobre origem e finalidade dos recursos.

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  • Jair Bolsonaro confirmou à PF o envio de R$ 2 milhões via Pix ao filho Eduardo Bolsonaro nos EUA.
  • A investigação apura se o valor foi usado para pressionar autoridades americanas contra o STF.
  • Eduardo Bolsonaro está licenciado e participa de articulações internacionais com críticas ao Judiciário brasileiro.
  • O caso repercute politicamente, especialmente no Amazonas, onde Bolsonaro teve forte apoio eleitoral.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou à Polícia Federal, em 5 de outubro, o envio de R$ 2 milhões ao filho Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos desde março. A transferência ocorreu via Pix no dia 13 de maio deste ano.

O depoimento integra um inquérito autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que investiga possível financiamento de ações contra autoridades brasileiras.

Transferência a Eduardo Bolsonaro é alvo de investigação

Segundo Bolsonaro, o valor enviado é legal e declarado. “Dinheiro limpo, legal, Pix”, disse o ex-presidente à PF. A investigação apura se os recursos foram utilizados por Eduardo para pressionar autoridades americanas a aplicar sanções contra membros do Judiciário brasileiro.

A apuração envolve a Lei Global Magnitsky, legislação dos EUA que permite punições como bloqueio de bens e restrição de entrada no país a indivíduos acusados de violações de direitos humanos, sem necessidade de decisão judicial.

Eduardo Bolsonaro e articulações internacionais

Eduardo Bolsonaro está licenciado do cargo de deputado federal. Durante sua estadia nos EUA, participou de reuniões com parlamentares e organizações conservadoras. Nessas agendas, denunciou supostos abusos do STF e da Polícia Federal.

A atuação internacional do deputado ocorre em meio a investigações sobre a tentativa de deslegitimar instituições democráticas no Brasil. A Polícia Federal busca entender se houve articulação para influenciar decisões externas contra autoridades brasileiras.

Repercussão política e impacto no Amazonas

No Amazonas, a notícia repercute entre lideranças locais que acompanham os desdobramentos da crise institucional. O estado, que elegeu representantes alinhados ao ex-presidente, observa com atenção os impactos dessa investigação no cenário eleitoral de 2024.

Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Bolsonaro teve votação expressiva no Amazonas em 2022, com mais de 1 milhão de votos no segundo turno. O caso pode influenciar a base bolsonarista na região.

Contexto nacional e institucional

O inquérito faz parte de uma série de investigações que envolvem o ex-presidente e seus aliados. A atuação de Eduardo Bolsonaro no exterior levanta questionamentos sobre o uso de recursos privados para fins políticos internacionais.

O STF e a PF mantêm sigilo sobre parte das diligências. No entanto, o caso reforça o debate sobre os limites da atuação parlamentar fora do país e a responsabilidade no uso de recursos financeiros em contextos políticos sensíveis.

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