O Governo do Amazonas avançou com os Diálogos Municipais sobre Bioeconomia nos dias 21 e 22 de maio. As ações ocorreram nos municípios de Beruri, Canutama e Pauini. O objetivo é construir o Plano Estadual de Bioeconomia, promovendo desenvolvimento sustentável com base na sociobiodiversidade.
A iniciativa é coordenada pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti). A ação tem apoio da Fundação Amazônia Sustentável (FAS) e financiamento do Instituto Clima e Sociedade (iCS).
Bioeconomia em Beruri: escuta ativa e saber local
Em Beruri, os debates ocorreram no Centro de Convivência do Idoso. O secretário-executivo Jeibi Medeiros destacou a escuta como ponto central. “A bioeconomia começa onde o saber já existe”, disse.
A secretária municipal Jaqueline Lima reforçou a relevância para extrativistas. “O Plano ajuda a identificar entraves nas cadeias do açaí e castanha”, afirmou.
Canutama debate demandas sustentáveis
Em Canutama, o evento foi realizado no Auditório Marista. A assessora Paula Monari enfatizou a construção participativa. “Queremos um plano justo e coerente com a realidade local”, declarou.
O secretário David Freitas apontou a expectativa da população. “Esperamos que o Plano atenda às necessidades com clareza”, disse.
Pauini reforça participação popular
Em Pauini, os encontros ocorreram na Câmara Municipal. O vice-presidente José Roberto destacou a importância da sociedade civil. “A escuta pública é essencial para garantir políticas efetivas”, afirmou.
O município, distante 923 km de Manaus, enfrenta desafios logísticos e sociais. A inclusão no Plano é estratégica para ampliar o acesso a políticas públicas.
Contexto político e ambiental no Amazonas
O Amazonas possui 98% de cobertura florestal e grande potencial bioeconômico. A construção do Plano Estadual de Bioeconomia está alinhada com a agenda nacional de transição ecológica liderada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Segundo dados do IBGE, mais de 60% da população do interior do estado depende de atividades extrativistas. O Plano busca estruturar essas cadeias com inovação, agregando valor aos produtos da floresta.
Com os Diálogos, o governo estadual amplia a participação social na formulação de políticas públicas. A expectativa é que o Plano seja finalizado até o fim de 2024, com metas de curto e médio prazo.
Próximos passos da política de bioeconomia
Outros municípios devem receber os Diálogos nos próximos meses. A Sedecti pretende consolidar um documento final com base nas contribuições locais.
A proposta é que o Plano sirva como referência para outras unidades da federação. A bioeconomia é apontada como eixo estratégico para o desenvolvimento sustentável da Amazônia Legal.
