O Vaticano confirmou nesta quarta-feira (7) que a escolha do novo papa ainda não foi concluída. A fumaça preta que saiu da chaminé da Capela Sistina indica que nenhum dos cardeais obteve os dois terços necessários para ser eleito. O conclave segue nesta quinta-feira (8), com novas sessões de votação.
O processo de escolha do 267º líder da Igreja Católica ocorre após a morte do papa Francisco, em 21 de abril. Os cardeais reunidos no Vaticano seguem o rito tradicional, votando em cédulas com a inscrição em latim Eligo in Summum Pontificem.
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Conclave e sucessão papal
O conclave é realizado em sigilo absoluto. Participam 119 cardeais com menos de 80 anos, vindos de diferentes continentes. As cédulas de votação são queimadas após cada rodada. A fumaça preta indica que não houve consenso; a branca, que um novo papa foi escolhido.
A escolha do novo pontífice tem implicações políticas e sociais. A liderança da Igreja Católica influencia decisões sobre direitos humanos, meio ambiente e diplomacia global.
Impactos no Brasil e no Amazonas
O Brasil tem o maior número de católicos do mundo, segundo o Censo 2022 do IBGE. No Amazonas, 63% da população se declara católica.
Cardeais brasileiros participam do conclave. Entre eles, o arcebispo de Manaus, dom Leonardo Steiner, é o primeiro cardeal da Amazônia. Sua presença reforça o debate sobre a Amazônia na pauta da Igreja.
Questões ambientais e sociais
A sucessão papal pode influenciar a postura da Igreja sobre a Amazônia. O papa Francisco foi defensor da preservação ambiental e dos direitos dos povos indígenas. A exortação apostólica Querida Amazônia é um marco nesse sentido.
Governos locais e nacionais observam a transição no Vaticano. Políticas públicas podem ser impactadas, especialmente em áreas de proteção ambiental e justiça social.
Expectativa para os próximos dias
O conclave continua com sessões pela manhã e tarde. A fumaça será emitida após cada votação. A expectativa é de que a escolha ocorra até o fim da semana.
O novo papa terá a missão de conduzir a Igreja em um cenário global de tensões políticas, desigualdades e mudanças climáticas. A América Latina, e especialmente o Brasil, seguirá com atenção os próximos passos do Vaticano.