Eduardo Bolsonaro anuncia visita para discutir sanções ao STF

Parlamentar busca apoio internacional para questionar decisões da Suprema Corte e defender liberdade de expressão.

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O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), atualmente nos Estados Unidos, afirmou que o chefe do Escritório de Coordenação de Sanções do Departamento de Estado dos EUA, David Gamble, visitará Brasília na próxima segunda-feira (5). Segundo Eduardo, a visita tem como objetivo discutir possíveis sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A declaração foi feita em vídeo publicado nas redes sociais do parlamentar. Eduardo Bolsonaro afirmou que Gamble pode se reunir com o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e, possivelmente, com o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Discussão sobre sanções e acusações contra o STF

Eduardo Bolsonaro tem buscado apoio internacional desde o início de 2023. Ele articula com membros do Partido Republicano e aliados do ex-presidente Donald Trump. O foco principal é pressionar o STF, especialmente o ministro Moraes, relator do inquérito sobre os atos de 8 de janeiro.

No vídeo, Eduardo acusa Moraes de ser um “violador sistemático de direitos humanos”. Ele também o responsabiliza pela morte de Clézio de Castro, conhecido como “Clezão”, que faleceu na prisão após ser detido por envolvimento em atos antidemocráticos.

Posicionamento oficial dos Estados Unidos

Até o momento, o Departamento de Estado dos EUA não confirmou a agenda de David Gamble no Brasil. Tampouco há informações oficiais sobre sanções contra autoridades brasileiras.

O Escritório de Coordenação de Sanções atua em casos envolvendo violações de direitos humanos e corrupção internacional. No entanto, a aplicação de sanções exige critérios legais e diplomáticos específicos.

Contexto político nacional e impacto regional

A movimentação de Eduardo ocorre em meio à polarização política no Brasil. Após a derrota de Jair Bolsonaro em 2022, setores da extrema direita intensificaram críticas ao Judiciário.

No Amazonas, lideranças locais acompanham os desdobramentos em Brasília. Parlamentares da bancada amazonense no Congresso têm se posicionado de forma cautelosa. O estado registrou atos em apoio e contrários ao STF nos últimos anos, refletindo a divisão nacional.

Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Amazonas teve 1,2 milhão de eleitores em 2022. A disputa presidencial mobilizou o eleitorado, e a atuação do STF tem sido tema recorrente em debates políticos locais.

Repercussão e próximos passos

Especialistas avaliam que a visita, se confirmada, terá caráter simbólico. A adoção de sanções por parte dos EUA contra membros do Judiciário brasileiro seria inédita e envolveria riscos diplomáticos.

Enquanto isso, aliados de Bolsonaro continuam articulando estratégias no exterior. A expectativa é que o tema ganhe destaque nas eleições municipais de 2024 e nas discussões sobre liberdade de expressão e poderes institucionais.

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