Na FCecon, pacientes indígenas contam com atendimento diferenciado

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Os pacientes indígenas que fazem ou irão iniciar tratamento na Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Saúde (Susam), contam com atendimento diferenciado, que garante mais rapidez na abertura de prontuários, marcação de consultas, triagens, exames e internações, além de adequação nutricional à etnia.

Esse tipo de atendimento foi implantado após reuniões realizadas com representantes da Casa de Saúde do Índio (Casai Manaus) e do Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei Manaus), quando se tratou sobre o acesso e acolhimento humanizado, considerando a vulnerabilidade sociocultural.  Esse tipo de acolhimento é regulado pela Portaria nº 2.663, de 11 de outubro de 2017, que trata da Atenção Especializada aos Povos Indígenas (IAE-PI) do Sistema Único de Saúde (SUS).

Conforme o diretor-presidente da FCecon, mastologista Gerson Mourão, o indígena necessita de atendimento diferenciado em virtude de suas características singulares. Segundo ele, a adaptação do indígena aos ambientes da cidade e hospitalar é mais complexa, além de ter dificuldade de comunicação.

“Todas essas questões lhe causam estranhamento e insegurança, assim, viabilizar o atendimento diferenciado permite a aceitação ao tratamento”, frisou.

Celeridade – A gerente de Enfermagem da Casai Manaus, Moana Barros de Gusmão Tavares, ressalta que o atendimento prioritário deu mais celeridade ao início do tratamento dos pacientes indígenas. “Quero agradecer à Fundação Cecon, em especial ao Gerson Mourão, pela parceria na construção do fluxo. Não temos do que reclamar. A parceria tem nos ajudado e possibilitado a realização de exames para a conclusão do diagnóstico e início do tratamento”, pontua.

Protocolos – Foram adotados dois protocolos para o atendimento do paciente indígena (apto ou sem diagnóstico conclusivo), e em ambos ele é prioritário, explica a gerente do Serviço de Atendimento Médico e Estatístico (Same/FCecon), Zenóbia Almeida Filha. No primeiro – paciente apto –. o Same abre o prontuário definitivo, a enfermeira navegadora agenda a consulta, e assim se garante celeridade no tratamento.

No segundo – paciente sem diagnóstico conclusivo –, o Same abre o prontuário provisório e a enfermeira navegadora garante o atendimento prioritário e a celeridade dos exames de diagnóstico. Zenóbia Filha frisa que, quando o diagnóstico dá negativo, é feita a contrarreferência, e no caso de positivo, é dada continuidade ao tratamento por meio do auxílio da enfermeira navegadora.

O processo é muito rápido, de acordo com Zenóbia Filha. “Os prontuários são abertos de imediato. Dependendo das agendas dos médicos, é possível marcar uma consulta de sete a 15 dias após a abertura do prontuário. Antes, levava-se meses. Essa nova rotina permite que o indígena retorne mais rápido ao convívio natural”, declara.

Nutrição – A gerente do serviço de Nutrição e Dietética, Bárbara Fonseca Abrahim, informa que o atendimento do paciente indígena inicia após a internação. Ela explica que é realizada uma triagem pelos profissionais do setor, os quais checam se existe déficit de algum nutriente, perda de peso, os hábitos alimentares, as restrições do tratamento em questão e costumes da etnia.

“As informações são obtidas com o intérprete. Elas servem de base para uma possível intervenção nutricional e para a elaboração do cardápio, de forma a garantir a melhor adesão do paciente indígena ao tratamento”, ressalta a gerente.

Fonte: Assessoria de imprensa

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