O secretário de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), coronel Vinicius Almeida, repudiou as declarações do prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), após o candidato à reeleição afirmar que a Polícia Militar do Amazonas (PM-AM) atuou para atrapalhar o andamento das eleições deste domingo, 27. O mandatário utilizou a palavra “arrocho” para se referir a ações dos militares. Na indefinição informal do termo, arrocho significa pressionar ou coagir com força alguém, às vezes de forma violenta, praticado autoridades policiais. Em vídeo publicado nas redes sociais, o titular da SSP-AM afirmou que o governo do Estado vai tomar medidas jurídicas diante das acusações. “É lamentável que, por interesses eleitorais, policiais militares, que saem todos os dias das suas casas para prover segurança para todos nós, tenham sido atacados de maneira leviana, e sem provas, pelo prefeito de Manaus”, disse.
A declaração ocorreu após o prefeito de Manaus afirmar, em entrevista à imprensa, na tarde deste domingo, durante o pleito na capital amazonense, que as forças policiais do Amazonas estavam atuando como um “comitê do crime”.
“Recebemos uma informação, aqui, que a Polícia Militar recebeu comando para abordar todo mundo que esteja ligado ao 70”, disse o atual prefeito.
Suspeita de crimes eleitorais
A acusação de David Almeida se deu após equipes da PM-AM realizarem abordagens a pessoas ligadas à campanha do atual prefeito nas ruas de Manaus. Em um dos casos, três assessores do vereador Rosinaldo Bual (Agir), parlamentar da base governista na Câmara Municipal de Manaus, serem conduzidos à sede dad Polícia Federal (PF) por suspeita de compra de votos.
Um relatório da corporação aponta que foram encontrados cerca de R$ 1.914 em posse de dois dos três suspeitos. A ocorrência foi registrada no bairro Compensa, Zona Oeste de Manaus, após um um dos militares informar, via linha direta.
