A rede social X começou a voltar a funcionar no Brasil na noite dessa terça, 8. O retorno da plataforma ocorre após autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que reverteu a suspensão da plataforma, em decisão também nesta terça. O retorno acontece de forma gradual para os usuários no País, uma vez que envolve diferentes operadoras de internet espalhadas pelo país.
Em mensagem publicada na própria rede social, a plataforma disse que tem orgulho de estar de voltar ao País. “Proporcionar a dezenas de milhões de brasileiros acesso à nossa plataforma indispensável foi prioridade durante todo este processo. Continuaremos a defender a liberdade de expressão, dentro dos limites da lei, em todos os lugares onde operamos.“
Moraes destacou na decisão desta terça que todos os requisitos necessários para o retorno da plataforma foram comprovados documentalmente e certificados pela secretaria judiciária do tribunal. Ele havia determinado que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) adotasse todas as providências necessárias para o cumprimento da medida e informasse ao tribunal em 24 horas.
Moraes afirmou que a volta da rede foi condicionada, unicamente, ao cumprimento integral da legislação brasileira e da “absoluta observância às decisões do Poder Judiciário, em respeito à soberania nacional“.
A determinação pela volta do X aconteceu pouco mais de um mês após Moraes determinar, em 30 de agosto, a derrubada “imediata, completa e integral” do funcionamento da plataforma no País, sob a justificativa de descumprimento de decisões judiciais.
Para voltar a funcionar, a plataforma de Elon Musk teve que cumprir as decisões, indicar uma representante em território nacional e pagar as multas determinadas pelo ministro. Moraes destacou que a decisão pela suspensão da plataforma foi referendada por unanimidade pelos ministros da Primeira Turma do STF, “presentes os requisitos legais necessários”.
Também afirmou que ela foi baseada nos “reiterados, conscientes e voluntários descumprimentos das ordens judiciais e no inadimplemento das multas diárias aplicadas“.
Além da tentativa de não se submeter ao ordenamento jurídico do Poder Judiciário brasileiro, “para instituir um ambiente de total impunidade e terra sem lei nas redes sociais brasileiras, inclusive durante as eleições municipais de 2024“, segundo o ministro.