Vereador da base de David Almeida acusou Amom de assédio moral

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O líder do prefeito David Almeida (Avante), vereador Eduardo Alfaia (Avante), acusou, em dezembro de 2022, o candidato ao Executivo municipal e deputado federal Amom Mandel (Cidadania) de assédio moral contra servidoras da Câmara Municipal de Manaus (CMM). A acusação foi baseada na declaração de duas funcionárias, mas, de acordo com a CMM, não há nenhum processo em andamento sobre o caso porque não foi formalizada denúncia à Comissão de Ética da Casa Legislativa.

Segundo Alfaia, a partir das declarações das servidoras, Mandel ligou para servidora Karen Tiúba, da diretoria legislativa, e para Kelly Holanda, diretora de Informática da Casa, cobrando confirmação de recebimento de seus requerimentos. “Tu sabes que amanhã terminam as reuniões em plenário. E se tu não receber meus requerimentos, tu vai se ver comigo!”, relatou Alfaia repetindo a servidora.

Enquanto o vereador da base do prefeito detalhava o assédio moral, a servidora Kelly acompanhou a sessão e demonstrou emoção ao relembrar da situação. No momento em que Alfaia repudiou os atos e se solidarizou com as servidoras da CMM, Amom aparece no vídeo rindo cinicamente.

A servidora Karen não conseguia falar uma frase completa porque foi tomada por um choro. Ela recebeu uma ligação e ela foi agredida. Ninguém merece tratamento dessa parte. Episódios machistas, misóginos e desrespeitosos precisam ser banidos da nossa sociedade. Esse senhor (Amom) não tem limites“, disse Alfaia.

Na época, Amom Mandel negou ter cometido as agressões e justificou que apenas cobrou retorno sobre recebimento dos requerimentos.

De fato, liguei, interfonei durante a sessão anterior, para a servidora, mas para solicitar celeridade no trabalho, que é de competência dessa servidora, porque inúmeras vezes atestei uma possível lentidão para a inclusão na pauta dos Projetos de Lei de minha autoria, para o recebimento, através do sistema, dos requerimentos, Projetos de Lei e afins, e uma demora excessiva, e informei que gostaria que o trabalho de todos os servidores fosse feito da forma correta e seguindo o rito legal, pois se não fosse, de fato iria às vias legais. Sempre respeitei e respeito todas as mulheres, isso é meu dever como homem e parlamentar”, declarou.

À reportagem, a CMM declarou que a servidora não formalizou denúncia e que a Casa Legislativa deu todo apoio necessário à funcionária. “A Câmara Municipal de Manaus (CMM) informa que a servidora não formalizou denúncia à Comissão de Ética da Casa Legislativa, e por isso não há nenhum processo em andamento. Além disso, a servidora recebeu todo apoio necessário e orientação da Casa Legislativa“, disse à CENARIUM.

Assédio moral

assédio moral no trabalho é caracterizado por um comportamento abusivo que causa constrangimento, discriminação e desrespeito a dignidade e moral do trabalhador. É um tipo de violência psicológica que pode ser praticada por qualquer pessoa e direcionada a qualquer colaborador, independentemente de sua função ou posição hierárquica.

Em 2019 foi aprovado, pela Câmara Federal, o Projeto de Lei 4742/2001, que classifica a prática de assédio como crime. Além disso, o Art. 186 do Código Civil declara que “aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”.

Com informações da Cenarium

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