Um grupo de trabalho composto pelos vereadores William Alemão (Cidadania) e Rodrigo Guedes (Progressistas); representantes do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb); Secretaria municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas); Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel/AM); proprietários de restaurantes e bares do Centro será responsável por discutir a flexibilidade de alguns itens do Código de Posturas do Município, para a adequação dos estabelecimentos situados no Centro Histórico de Manaus, que atuam na área de entretenimento e gastronomia.
A medida é resultado da audiência pública, promovida pela 10ª Comissão de Turismo, Indústria, Comércio, Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Comticdetre), da CMM, na tarde, desta terça-feira, 18/6, na sede do parlamento municipal, por meio de um requerimento dos dois vereadores, e que contou com a presença de donos de restaurantes, bares, cafeterias, entre outros estabelecimentos que atuam no Centro, além de representantes de órgãos públicos municipais.
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As conclusões do trabalho deverão resultar em um Projeto de Lei (PL), para que possam ser realizadas as devidas alterações no Código de Posturas do Município, direcionadas ao centro de Manaus. A primeira reunião deverá ocorrer dentro de 15 dias.
“Acredito que a gente vai conseguir realmente resolver o problema dos bares e restaurantes do Centro, em relação às suas mesas na calçada ou na rua. Essa é a ideia principal”, comenta William Alemão.
Tanto ele quanto o vereador Rodrigo Guedes chamam a atenção para o fato de que o Centro, ao contrário de outros bairros de Manaus, tem as suas peculiaridades que precisam ser consideradas no que diz respeito à adequação de espaços.
Para a representante da Abrasel/AM, Iolena Silva, a expansão de empreendimentos no Centro é gratificante, porque contribui para a economia e gera empregos. “Mas, se a lei pode ser discutida, e adaptada, para que haja as devidas adequações para o Centro, acredito ser possível chegar a um entendimento”, observa.
Reivindicações
Entre as principais reivindicações dos empresários do setor estão o uso das calçadas e ruas, para dispor mesas e cadeiras, além de uma possível regularização dos vendedores ambulantes, que atuam na mesma área destes estabelecimentos, comercializando os mesmos produtos e utilizando a sua estrutura como banheiros, por exemplo.
“Queremos atender os parâmetros legais, mas não podemos ser penalizados com prazos curtos. Além disso, a fiscalização não deve ser apenas aos estabelecimentos, mas aos ambulantes também, que ao contrário de nós não pagam impostos, e por vezes ainda usam a nossa estrutura”, salienta a proprietária do Bar do Armando, Ana Cláudia Soares.
Conforme o empresário Diogo Vasconcelos, o centro de Manaus precisa ser revitalizado como ocorre em algumas capitais brasileiras, se tornando mais um ponto turístico da cidade, citando como exemplo o bairro da Lapa, no Rio de Janeiro (RJ). Porém, as iniciativas que estão sendo realizadas em alguns trechos do Centro, precisam ter alguma contrapartida do poder público, o que não vem ocorrendo. Ainda segundo ele, a regularização dos ambulantes também é necessária para a geração de emprego e renda, e o cumprimento da lei.
Em relação às fiscalizações, para o empresário do setor hoteleiro, Almir Lisboa, as mesmas são necessárias, mas deveriam ser realizadas em horários que não sejam de fluxo intenso de atendimento, o que compromete o andamento dos trabalhos, principalmente em estabelecimentos como bares e restaurantes.
Além do Implurb e da Semmas, representantes da Vigilância Sanitária (Visa Manaus), e da Associação de Entretenimento do Estado do Amazonas (Asseam), participaram da audiência pública. O Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU), as secretarias municipais de Segurança Pública e Defesa Social (Semseg); de Agricultura, Abastecimento, Centro e Comércio Informal (Semacc); de Trabalho Emprego e Inovação (Semtepi); e a Fundação Municipal de Cultura e Turismo (Manauscult); também foram convidados, mas não enviaram representantes.